UE - Universidade de Évora
Álvaro, Oleiros
Reinterpretação da soca portuguesa, calçado tradicional da aldeia de Álvaro reinventado à luz da contemporaneidade. As socas, entalhadas em madeira de amieiro, reencarnam a talha da arte sacra presente no património religioso da aldeia e integram também a tradição portuguesa de trabalhar o linho. Depois de montada e enformada pelo tamanqueiro, a soca é aromatizada em memória das rocas de alfazema que ainda se fazem na aldeia. A oliveira, uma das espécies autóctones mais valorizadas, está representada tanto no bordado que segue a forma da folha e da semente, como no soco, através do trabalho de entalhe da sola. Introduziu-se uma semente no corpo da soca para que, quando deixar de ser útil, possa ser plantada e devolvida à natureza.
Socas de fabrico artesanal em madeira de amieiro, linho, cortiça, juta, goma-arábica e óleo de alfazema.