Uma garrafa de vidro, transparente como o líquido que resulta da destilação no alambique, envolta numa espiral de cobre que lembra os volteios dos vapores na sua ascensão espirituosa. A ideia nasceu numa “alambicada”, um momento de convívio entre a população da pequena aldeia de Aigra Velha, em que um antigo alambique familiar incorpora o papel de Aladino das noites do frio, trazendo consigo a festa e os saberes milenares.
Nas noites frias de Inverno, os habitantes de Aigra Velha reúnem-se em torno do alambique do senhor Claro para fazer a aguardente. O ambiente é animado, mantendo viva a antiga tradição de destilação caseira do bagaço. A espiral de cobre simboliza uma riqueza de saberes adquiridos a cada “alambicada” e transmitidos de geração em geração. Assim se veste esta garrafa, metáfora do “Aladino das noites do frio”, com volteios de vapores em cobre pela analogia ao material de que é feito o alambique, em contraste com a transparência do vidro.